27 de outubro de 2012

Novidades!

(As notícias publicadas neste blog são fictícias. 
Elas são parte de um estudo em grupo à distância. 
Curso Práticas de Leitura na Contemporaneidade)

"E se escrevo..."


“A literatura é um processo de transformações alquímicas. O escritor transforma - ou, se preferirem uma palavra em desuso, usada pelos teólogos antigos, ´o escritor transubstancia´ - sua carne e seu sangue m palavras e diz a seus leitores: ´Leiam! Comam! Bebam! Isso é a minha carne. Isso é o meu sangue! ´. A experiência literária é um ritual antropofágico. Antropofagia não é gastronomia. É magia. Come-se o corpo de um morto para se apropriar de suas virtudes. Não é esse o objetivo da Eucaristia, ritual antropofágico supremo? Come-se e bebe-se a carne e o sangue de Cristo para se ficar semelhante a ele. Eu mesmo sou o que sou pelos escritores que devorei... E se escrevo é na esperança de ser devorado pelos meus leitores.”

Fonte: A beleza dos pássaros em voo", autoria de Rubem Alves,  inserido na obra Na Morada das Palavras, 3ª edição, Papirus, Campinas, p. 66. disponível em http://efp-ava.cursos.educacao.sp.gov.br/Resource/328167,8ED/Assets/conteudo_curso/modulo_01/unidade_02/dep_16.htm, acesso em 18/10/2012



Rubem Alves, psicanalista, educador, teólogo e escritor brasileiro, é autor de livros e artigos abordando temas religiosos, educacionais e existenciais

23 de outubro de 2012


A PALAVRA ESCRITA 

        Meu contato com a leitura, a palavra escrita, foi desde sempre. Meus pais não tinham o antigo ginasial quando eu era criança, mas gostavam de ler.
Lembro – me da revista Seleções e dos livros de bolso de faroeste, do meu pai. E dos livros de educação infantil, de enfermagem, da Bíblia, da minha mãe. Antes de ser alfabetizada já ganhava livros da minha mãe.
Aliás, foi minha mãe quem me apresentou a palavra escrita nos livros de histórias que ela lia toda noite, mesmo depois da chegada da TV em casa.
Ela nunca tentou me alfabetizar, só fez acender e manter a chama acesa.
Aos 11 anos fui acometida por uma biblioteconite, tudo por causa da Editora Ática que levava seus folders nas escolas e, foi num desses que li uma resenha do romance O Guarani, de José de Alencar, me interessei, não dava para comprar, então fui ver se tinha na biblioteca da escola, nunca mais parei. Passava minhas horas livres ou na biblioteca da escola, ou na biblioteca municipal. Me encantei pela narrativa descritiva das paisagens nos romances de José de Alencar e me apaixonei pelo Peri, que durou até conhecer Edmund Dantè, O Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas, pai. Li quase tudo que esses dois escreveram. Mais tarde, lá pelos 15 ou 16 anos, descobri a Raquel de Queiroz, com O quinze e o Victor Hugo com Os Miseráveis. 
Mais recentemente, viajei para o mundo fantástico de J.R.R. Tolkien em O senhor dos anéis, descobri o assassino antes da polícia em O código da Vinci, de Dan Brown, fiquei sem folego com o Ensaio sobre a cegueira, do Saramago. 
Sempre falo aos pais dos meus alunos que a leitura deve começar em casa. Para não deixarem o cansaço ou as preocupações tirarem esses momentos mágicos da convivência com seus filhos.
Agradeço a minha mãe nunca ter faltado aos nossos encontros com a Girafa Gigi, Dumbo, o elefante voador...

Ana Cristina Oliveira Lima
Professora de Arte na Rede Pública do Estado de São Paulo
na cidade de Suzano



                    

22 de outubro de 2012

NUNCA É TARDE PARA APRENDER.......

NUNCA É TARDE PARA APRENDER.........

            Eu quando criança não gostava de ir a escola muito menos da leitura, eu não lia de jeito nenhum nem mesmo em casa, quando os professores  pediam para os alunos ler, mesmo quando valia nota eu não lia. Acho que eu tinha medo de errar ou gaguejar e meus colegas tirassem sarro de mim.
             Hoje falo, aprendi a ler e a entender sobre a importância da leitura na faculdade, descobri que posso viajar para vários lugares sem sair do lugar, foi assim que comecei a enriquecer meu conhecimento e me tornei um ótimo professor (detalhe, quando comecei o curso de geografia, eu não queria ser professor, porém no meu primeiro contato com os alunos, no meu estágio fiquei maravilhado com meu desempenho e percebi que tinha muito para contribuir com a educação). Pena eu ter conhecido a leitura depois de "velho", porém nunca é tarde para aprender.
             A leitura é mágica, faz você viajar, interagir e sonhar ao mesmo tempo, antigamente eu fazia minhas leituras por obrigação, a partir do momento que descobri a maravilhosa vida da leitura, percebi quanto tempo perdi. Hoje consigo ler e nem percebo a hora passar, tive o prazer de ler a coleção do livro PERCY JACKSON E O LADRÃO DE RAIOS, foram 5 (cinco) volumes onde eu viajei para os Estados Unidos, “andei de cavalo voador” o famoso Pegasos, entre outras emoções que foram acontecendo no livro, resumindo eu vivi a história narrada pelo autor.
             Fica aqui minha dica: entre de cabeça literalmente, nessas histórias LITERÁRIAS. Um abraço.

EDUARDO HENRIQUES ANDRADE

22 DE OUTUBRO DE 2012

18 de outubro de 2012

Ler : um processo infinito


Pertenço a uma família de sete irmãos e em nossa casa, além de muita gente, também havia bastantes livros. Dentre todos que povoavam  nossa casa, meu pai e minha irmã mais velha eram os que mais liam. Ele se atinha à história, geografia e política e ela, mais à  literatura. O que era lido, sempre gerava conversas após o jantar, em uma época em que a televisão ainda não era comum. Eu, a caçula temporã, ouvia atenta aos comentários e resumos de histórias,  enquanto, à primeira impressão, brincava em algum canto da sala.

Mesmo antes de minha alfabetização, gostava de pegar os livros, folheá-los, admirar capas e figuras, sentir-lhes o cheiro e a textura das páginas. Não via a hora de ir para escola, aprender a ler e conseguir penetrar naqueles mundos enfileirados na estante.

Aos sete anos, como costume naquela época, fui matriculada no grupo escolar. No primeiro dia de aula, estávamos todas as crianças no portão da escola aguardando a chamada para a formação da fila dupla que seria conduzida pela professora à sala de aula. Enquanto aguardava, me chamou a atenção uma jovem senhora, baixinha, loura, sorridente, que foi delicadamente pedindo licença e atravessando o que para a minha concepção infantil, era uma multidão de crianças. Meus olhos a acompanharam até  entrar no prédio.  Quando fui chamada e a fila de minha sala ficou completa, a pessoa que organizava as crianças chamou a professora da classe – Da. Maria Helena, a mesma jovem senhora que, sempre sorrindo, nos conduziu à sala onde a grande transmutação aconteceria.

A partir daquele dia, tive mais uma referência que me impulsionaria a aprender a ler. Eu agora queria ler como Da. Maria Helena: voz clara que dava vida aos textos e personagens, que entrava pelos meus ouvidos e se transformava em imagens, cenários e sensações. Assim teve início minha peregrinação pelos caminhos da leitura.

Ao ler o depoimento de Rubem Alves disponibilizado em Ler e escrever, uma porta para o outro, onde o autor coloca tão apropriadamente que “A literatura é um processo de transformações alquímicas” onde “o escritor transubstancia - sua carne e seu sangue em palavras e diz a seus leitores: Leiam! Comam! Bebam”, me veio à  memória  esse início do processo que me propicia essa alquimia. As lembranças me levaram a  entender que o fenômeno da incorporação proporcionado pelo ritual antropofágico, como diz o autor,  representado pela experiência literária, faz parte de um caminho onde as  sucessivas apropriações de virtudes das muitas vozes presentes no universo de cada leitor,  contribuem para a construção das competências que lhe permitem cada vez mais usufruir a leitura.

17 de outubro de 2012

"A Descoberta do Mundo da Leitura"


"Entrei assustada e curiosa. Sempre fui ansiosa, por isso, a expectativa era grande. Pronto. Estava agora na primeira série. Entrando numa escola de gente grande! No parquinho (antiga EMEI), já gostava de me encontrar com as letras. Minha melhor experiência com a leitura iniciou-se com a minha querida professora Regina. Lembro-me muito bem de minha cartilha. Como eu a adorava! Era cuidadosa, pintava, fazia os exercícios, copiava sílaba por sílaba e as juntava: tinha agora uma palavra. E de palavra em palavra, uma frase. Feliz da vida porque conseguia ler toda a história da Baleia, do Doce mais doce, do Tempo, do Pinguim! Lembro-me até hoje das imagens, dos textos. É provável que desde essa época eu tenha me encantado por poesia. Havia uma porção de estrofes. Adorava rimas. E, assim, fiz-me leitora. Adorava livros. Para mim, a leitura sempre possibilitou entrar em um mundo mágico, longe de tanta confusão... Eu lia para me encontrar comigo mesma. Lia para viajar em reinos encantados, para aprender."

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Paula Cristina Corrêa Francisco
Professora de Língua Portuguesa e Língua Inglesa na Rede Pública de Ensino

Apresentação


Este blog é resultado da boa parceria entre os professores cursistas e da Escola de Formação de Professores (EFAP), que proporcionou o Curso de Práticas de Leitura e Escrita na Contemporaneidade. 
Este curso é destinado aos professores da Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo e pretende aprimorar e qualificar os docentes, ressaltando a importância da Leitura para uma Aprendizagem Significativa e de Qualidade.
Por isso, este blog tem o objetivo de compartilhar e trocar ideias e experiências, enriquecendo ainda mais a prática pedagógica. Queremos convidar você, nosso leitor, a participar deste blog com seus comentários e sugestões, contribuindo, dessa forma, com a Educação.
Diga sim para a Educação! Aguardamos seus comentários!

Nossa turma


Autores do blog:

Professora Jusara Aparecida Dias Vila Furgeri
Professora Paula Cristina Corrêa Francisco
Professor Eduardo Henriques Andrade
Professora Ana Cristina Oliveira Lima